segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Mem de Sá: Entre batalhas e decretos


      Natural de Coimbra, o fidalgo português Mem de Sá chegou ao Brasil em 28 de dezembro de 1557 para administrar a então colônia. Já com 57 anos, o administrador colonial rapidamente tomou posse e se estabeleceu em Salvador, na Bahia. Durante seu tempo como Governador-geral do Brasil (1558-72), procurou pacificar as tribos indígenas. 
          Nesse processo, perdeu seu filho, Fernão de Sá, morto por indígenas na Batalha do Cricaré, na província do Espírito Santo. Entre as realizações mais notáveis, destaca-se a fundação da cidade do Rio de Janeiro pelo seu sobrinho Estácio de Sá, a expulsão dos franceses em 1567 e o decreto de leis que protegiam índios catequizados da escravidão. 
      Foi o terceiro governador-geral do Brasil depois de Tomé de Sousa (1549-53) e Duarte da Costa (1553-58).   
       Morreu no verão de 1572 em Salvador. 

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Puccini e La Belle Époque


      Nascia há 157 anos um dos maiores compositores de Ópera de todos os tempos. Giacomo Puccini, italiano da Toscana, é descrito como um dos maiores expoentes da Ópera realista com temas quase sempre voltados para mulheres heroínas, fins trágicos e o amor. Suas obras frequentemente interpretadas nas artes incluem Madama Butterfly, La Bohéme, Tosca e Turandot
      Fumante compulsivo de charutos e cigarros, contraiu um câncer na garganta, que o tirou deste mundo aos 65 anos.     

Giacomo Puccini * 22/12/1858 + 29/11/1924 

Madama Butterfly (1904):

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Chico Mendes: ativista símbolo da preservação da Amazônia

        

 Filho de seringueiros pobres e analfabetos, Francisco Mendes Filho - "Chico Mendes" - nasceu em um dia como hoje em 1944. Ele só aprendeu a ler com 20 anos de idade. Os donos de seringais não permitiam escolas. Indignado com as condições de vida dos trabalhadores e dos moradores da região amazônica, tornou-se um líder do movimento de resistência pacífica. Defensor da floresta e dos direitos dos seringueiros, ele organizou os trabalhadores para protegerem o ambiente, suas casas e famílias contra a violência e a destruição dos fazendeiros, ganhando apoio internacional
         Fundou o movimento sindical no Acre em 1975, participando ativamente das lutas dos seringueiros para impedir desmatamentos, montou o Conselho Nacional de Seringueiros, uma organização não-governamental criada para defender as condições de vida e trabalho das comunidades que dependem da floresta.
     Chico Mendes também atuou na luta pela posse da terra contra os grandes proprietários, algo impossível de se pensar na região amazônica até os dias de hoje. Dessa forma, entrou em conflito com os donos de madeireiras, de seringais e de fazendas de gado. Acabava de completar 44 anos quando foi assassinado na porta de sua casa em 1988. Em 90, o fazendeiro Darly Alves da Silva e seu filho, Darci Alves Pereira, foram julgados e condenados a 19 anos de prisão, pela morte de Chico Mendes.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O drama da família Távora: Prisão e morte

Execução dos Távora em estampa do século XVIII. 

       A 14 de dezembro de 1758 Teresa Leonor de Távora e seu marido foram presos acusados de serem os mandantes do atentado sofrido pelo Rei de Portugal D. José I. O Processo dos Távora é um dos fatos mais cruéis da história portuguesa. 
         No século XVIII os lusitanos passaram por um terrível terremoto que arrasou Lisboa e por reformas politicas profundas implementadas pelo Marquês de Pombal. A Corte era um conluio de interesses, vaidades e ambições desmedidas. A brutalidade com que Dom Francisco de Távora, sua esposa Teresa Leonor e seus filhos José Maria e Luis Bernardo foram executados um mês depois da prisão, até hoje gera controvérsias.  

Atentado contra o Rei

     A acusação, muito contestada até hoje, dava conta de que os Távora foram responsáveis pelo ataque sofrido pela carruagem do Rei, que foi ferido no braço direito, mas sobreviveu. Após prender e julgar os Távora, um mês depois os eliminaram por completo. 
       A execução foi violenta mesmo para a época, as canas das mãos e dos pés dos condenados foram partidas com paus e as suas cabeças decapitadas e depois os restos dos corpos queimados e as cinzas deitadas ao rio Tejo. 
        O rei esteve presente, juntamente com a sua corte, absolutamente desnorteada. Os Távora eram seus semelhantes, mas o rei quis que a lição fosse aprendida e para que nunca mais a nobreza se rebelasse contra a autoridade régia. 

   

domingo, 13 de dezembro de 2015

O Fiel escudeiro do Império

Almirante Tamandaré em foto de 1873.

        Nascia em 13 de dezembro de 1807 o homem que construiria talvez a carreira militar mais bem-sucedida da Armada Imperial Brasileira: o gaúcho Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré. Em quase 90 anos de vida, serviu o Império por 44 anos. Otimista e obstinado, teve presença marcante em históricos conflitos como a Independência do Brasil (onde ele lutou na Bahia), a Confederação do Equador e a Revolução Praieira (ambas em Pernambuco), e em praticamente todas as revoltas mais impactantes do Período Regencial (1831-40): Sabinada, Cabanagem, Balaiada e Farroupilha
        O dia de seu nascimento (13/12) é lembrado como o Dia do Marinheiro. Afastou-se da função de Almirante em 1866 por razões de saúde. Permaneceu leal á Família Real e ao Imperador Dom Pedro II até o dia de seu embarque para o exílio com o fim da Monarquia.      


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

O Protocolo de Kyoto e a arrogância dos EUA

Charge onde o Presidente George Bush aparece "tostando" o planeta em nome da economia norte-americana.

        Há 18 anos era assinado o Protocolo de Kyoto. Um tratado internacional com compromissos mais severos para reduzir a emissão dos gases que agravam o efeito estufa. Com base cientifica, é notório que esses gases terríveis são a causa central do aquecimento global. O acordo final assinado na cidade de Kyoto, no Japão, em 1997 foi o desfecho de uma longa série de discussões que vinham sendo realizadas há nove anos. 
        As metas de redução não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados para os 38 países que mais emitem gases. Países em franco desenvolvimento (como Brasil, México e Índia) não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente. 
         A grande polêmica em relação ao tratado é a não ratificação dos Estados Unidos, cujo Presidente na época, George W. Bush, afirmou que os compromissos de tal protocolo acarretariam efeitos negativos á economia norte-americana. Em 2009, O Presidente Barack Obama encaminhou o Protocolo de Kyoto para ser ratificado pelo Senado estadunidense.   

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Pearl Harbor: Um marco na história militar

Fotografia tirada de dentro de um avião japonês durante o ataque.
 
        Há 74 anos acontecia o ataque da Marinha Imperial japonesa a Pearl Harbor, base norte-americana no Havaí. No dia seguinte, com o movimento de uma caneta, o Presidente dos Estados Unidos Franklin Delano Roosevelt autorizou a guerra contra o Japão e a entrada dos estadunidenses na II Guerra Mundial.
       Atacando de surpresa pela manhã, os asiáticos abateram 21 navios e 347 aviões de caça, matando aproximadamente 2400 pessoas e deixando mais de mil feridos. A operação era parte da mentalidade expansionista nipônica, que queria aumentar sua influência em diversos territórios do extremo-oriente e oceano pacifico para manter em ebulição seu desenvolvimento industrial, econômico e militar. O evento marcou a entrada definitiva dos EUA na II Guerra Mundial   
 

domingo, 6 de dezembro de 2015

Kurumada: talento, criatividade e ousadia


       Em 6 de dezembro de 1953 nascia em Tóquio Masami Kurumada. O criador e desenhista do manga (revista em quadrinhos japonesa) Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya no original), um dos desenhos animados de maior sucesso na história do Japão, da França, da Espanha, da Itália e principalmente do México e do Brasil. Uma febre absoluta nessas nações entre o final da década de 1980 e ao longo dos anos 90. Um marco para crianças e adolescentes que viveram naquele período. Sem dúvida, um entretenimento de estrondoso sucesso em escala mundial. Parabéns Kurumada. 62 anos.      

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A Doutrina Monroe e o Pan-americanismo

O Presidente James Monroe e os interesses norte-americanos nas Américas.
 
      Na segunda metade do século XVIII, os Estados Unidos tornaram-se independentes do domínio dos ingleses e formaram sua própria estrutura política pelo sistema Republicano. Quando George Washington (1789-1797) assumiu o cargo de Primeiro Presidente do país, embrenhou-se em uma política isolacionista com o intuito de distanciar-se dos interesses europeus.
      Alguns anos depois, com a proclamação da independência de países latino-americanos outrora colonizados pelos europeus, os Estados Unidos fizeram questão de reconhecer a hegemonia de cada nação, no sentido de livrar o continente das intervenções europeias.
Em 2 de dezembro de 1823, o então presidente norte-americano James Monroe (1817-1825) fez um pronunciamento no Congresso de seu país para exigir o distanciamento dos europeus que pretendiam retomar o processo de colonização. Os principais países que queriam invadir novamente o território americano faziam parte da Santa Aliança (como Áustria, Rússia e França).
      Segundo a Doutrina Monroe, “os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência europeia”.
      O texto afirmava que os Estados Unidos não podiam intervir na Europa quando ocorresse conflitos regionais, do mesmo modo que os interesses americanos não poderiam ter interferência alguma de um país europeu.
      Apesar da Doutrina Monroe contribuir bastante para a independência do continente americano como um todo, os Estados Unidos também preservavam seus interesses na região. Ao impedir a interferência da Europa, os norte-americanos estavam selando sua hegemonia na região, algo que alguns estudiosos denominam de pan-americanismo.
      Com a criação da Doutrina Monroe, os Estados Unidos, livres de qualquer interesse de países europeias, iniciaram uma política expansionista de larga escala, varrendo inúmeras tribos indígenas do mapa para tornar-se cada vez mais potentes.