terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Baudin: vida por uma causa


Nicolas Baudin: 1754 - 1803
         
          “Você se torna aquilo que adora” é o título de um livro de J.K. Beale. A frase se encaixa como uma luva para definir a trajetória do explorador e botânico francês Nicolas Baudin, nascido há 261 anos na ilha de Ré, separada da França por apenas 3 km.
          Baudin passou a infância explorando a fauna e flora dessa ilha de apenas 30km x 5km e se habituou com a vizinhança com o mar. Fascinado pela natureza e dono de um caráter expansivo, se tornou marinheiro. Aos 46 anos liderou a famosa Expedição Baudin, com objetivo de mapear a costa da Austrália e explorar a sua natureza exótica entre 1800 e 1803.
          Contando com dois barcos – chamados de Géographe e NaturalisteBaudin conduziu dezenas de botânicos, zoólogos, geógrafos, jardineiros, astrônomos e pintores de paisagens naturais. Foram os pioneiros a investigar o lado ocidental da Austrália – onde até hoje muitas ilhas ainda tem nomes franceses devido a essa expedição.
Embarcações: Géographe e Naturaliste
 
          Nessa histórica jornada, apenas seis acadêmicos sobreviveram. Muitos morreram no mar, outros desembarcaram nas ilhas Maurício (no Oceano Indico) doentes – entre eles, o próprio Baudin, que morreu de tuberculose. Nascido em uma ilha, marcado por explorar cientificamente um continente-ilha (Austrália) e morto numa ilha distante da França a mais de 9 mil km. Era o seu destino. Seu legado para a humanidade. A verdade da vida dele.    

 Voyage de découvertes aux terres australes

-          “Viagem de descoberta das terras australianas” acabou se tornando a primeira publicação do mapa da Austrália, por François Péron, um dos seis sobreviventes que completaram a Expedição Baudin.  

-          Mais de 200 mil espécies de animais, plantas e pássaros recolhidos e catalogados nessa expedição foram depositadas no Museu Nacional de História Natural da França e outros foram enviados para o jardim da Imperatriz Josefine, esposa de Napoleão Bonaparte.  
A equipe de Baudin deixou registros escritos em uma rocha no sul da Austrália
 
OBS: Artigo dedicado a minha noiva Marcela, aniversariante de hoje.

 

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