sábado, 28 de fevereiro de 2015

Cuauhtémoc: Lealdade até a morte


Cuauhtémoc torturado: pintura de Leandro Izaguirre (México) no século XIX
 
          O significado de seu nome é “A águia que descendeu”. Antes de se tornar o último Imperador Asteca, no México, foi chefe de armas do exército que resistiu e expulsou os espanhóis da capital Tenochtitlán. Durante seu governo, entre 1520 e 1521, teve de lidar com a decadência do Império através da falta de água doce, da fome e de doenças terríveis como a varíola - trazida pelos conquistadores espanhóis.
          Em 1521, o determinado capitão espanhol Hernán Cortez voltou com um poderoso exército e se aliou aos tlaxcaltecas - rivais dos Astecas -, conseguindo assim capturar Cuauhtémoc e dominar a fantástica civilização Asteca. Segundo a Carta de Relación, escrita por Hernán Cortez ao rei da Espanha (Carlos I), Cuauhtemóc “me disse em sua língua que já havia feito de tudo para defender seu povo e que agora fizesse com ele o que quisesse; pegou meu punhal e pediu para ser apunhalado..”.
          Inicialmente, Cortez não tinha interesse em elimina-lo, pois seria um aliado na reconstrução de Tenochtitlán. Com o passar dos anos e as crescentes tensões entre a população autóctone e os espanhóis, o conquistador ibérico mandou torturar o líder Asteca em uma manhã como a de hoje, há 490 anos.
          Neste exato momento, em qualquer instituição dentro do México, a bandeira do País está hasteada a meio-mastro. Uma bela homenagem ao “jovem avô do México” como definiu com maestria o poeta local Ramón Velarde.

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