sexta-feira, 6 de março de 2015

Revolução Pernambucana: o grito dos revoltosos

"Benção da Bandeira", desenho do artista local José Cláudio
 
          Em um dia ensolarado de Recife, em 6 de março de 1817, eclodiu a Revolução Pernambucana, conhecida como Revolução dos Padres, devido a participação do clero católico, incluindo aquele que viria a ser um ícone nacional: Frei Caneca.
          As razões que fizeram a elite da província de Pernambuco elaborar estratégias de emancipação foram várias: crise econômica devido a seca que assolou a produção do açúcar, os impostos altíssimos cobrados pelo absolutismo monárquico português e a forte influência das ideias iluministas discutidas pelos intelectuais de Recife e Olinda.
         Além de ser a região com maior número de engenhos de açúcar que representavam o motor principal da economia nacional, os pernambucanos já haviam participado de diversas lutas libertárias, principalmente para expulsão de invasores holandeses. Eles queriam maior autonomia politica.   
 
Queda militar
 
 
 
          Após tomarem o poder em Recife, estabeleceram as bases para a proclamação da "República de Pernambuco", mas não conseguiram o apoio das províncias vizinhas, como Ceará, Maranhão e Rio Grande do Norte.
          Militarmente, foram presas fáceis para o governo absolutista, que atacou Pernambuco pelo sertão e pelo mar, invadindo facilmente o porto. Oito mil soldados portugueses tomaram a província em 19 de maio. No dia seguinte, toda a ação idealista havia se evaporado com os líderes se rendendo.
          Recentemente o governo de Pernambuco determinou o 6 de março como a Data Magna do Estado - principal feriado do calendário local.             

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