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| A Tomada da Bastilha: pintura de Jean Pierre Houel |
Hoje é feriado na França por causa desse evento. A Tomada da Bastilha aconteceu em 14 de julho de 1789 em Paris e foi um evento crucial no desenrolar da Revolução Francesa. Durante o reinado de Luis XVI prevalecia, além da crise econômica, um sistema rigoroso e desigual de taxação. Logo, o Terceiro Estado, composto pelas camadas populares, reuniu a Assembleia Nacional Constituinte para criação de uma Constituição, que o Rei reconheceu a contragosto. A Tomada da Bastilha em julho e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão em agosto foram a terceira etapa da Revolução.
O dia D
O jornalista Camille Desmoulins (imagem) inspirou os populares a se mobilizarem espalhando a noticia de que as tropas reais estavam prestes a reprimir as manifestações populares de forma violenta. Correu-se o boato de que a pólvora estava localizada dentro da fortaleza da Bastilha, uma típica prisão de características medievais onde os prisioneiros políticos inimigos da Monarquia eram aprisionados. A massa revoltosa era composta de soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesãos.
A classe média formou a Guarda Nacional, que tinha rosetas tricolores: azul, branco e vermelho. A fortaleza, por sua vez, defendia-se com 32 guardas suíços e 82 "inválidos" de guerra, possuindo 15 canhões, dos quais apenas três em funcionamento. O governador da Bastilha tentou negociar, mas a tensão tomou conta e a situação ficou fora de controle. O tiroteio durou quatro horas, os prisioneiros escaparam sob aplausos e a fortaleza foi completamente destruída. A noticia se espalhou por vários cantos da França e países vizinhos. A estrutura monárquica absolutista do Rei Luis XVI ruiu e a nação nunca mais foi a mesma.
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