Portugal era uma nação desmoralizada no inicio do século XIX. O Rei Dom João VI e sua família Real haviam abandonado o país rumo ao Brasil fugindo do Imperador francês Napoleão Bonaparte. Após a queda do regime napoleônico, os ingleses supervisionavam o território português como protetorado e tinham privilégios alfandegários no Brasil, cujos portos foram abertos as nações amigas por decreto de Dom João VI. O fim desse "Pacto Colonial" prejudicou as principais cidades lusitanas como Porto e Lisboa.
"Do Porto á Lisboa, marchemos!"
Na madrugada de 24 de agosto de 1820, os militares, clérigos, burgueses e simpatizantes liberais organizaram um movimento revolucionário na cidade do Porto que rapidamente atingiu a capital lisboeta.
Entre as reivindicações estava a elaboração de uma nova Constituição, o retorno da Corte do Brasil para Portugal e a restauração do "Pacto Colonial" que lhes davam total autonomia sobre o comércio no território brasileiro. No ano seguinte, Dom João VI voltou a Portugal, deixando seu filho, Pedro de Alcântara como príncipe regente no Brasil.
Essa tensão entre o projeto de recolonização das Cortes e os interesses econômicos das elites brasileiras teve importantes implicações históricas. Antes que Dom Pedro I voltasse a Portugal ou que uma revolta popular eclodisse no Brasil, os membros da elite tupiniquim incitaram o regente a proclamar a independência. Dessa forma, o Estado português perdia seu mais rico território de exploração colonial e o Brasil conquistava sua autonomia política.
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