O desaparecimento do Rei Sebastião é um dos maiores mistérios da história de Portugal. Em 4 de agosto de 1578, durante a Batalha de Alcácer-Quibir no Marrocos, eclipsou-se sem deixar vestígios. Nunca mais seu paradeiro foi identificado.
Predestinado
Conhecido como "O Desejado", seu nascimento foi aguardado com extrema ansiedade pela Dinastia de Avis. Seu pai, o príncipe Dom João, faleceu quando Sebastião ainda estava no ventre de sua mãe, Dona Joana de Áustria. A irmã do príncipe morto era casada com Dom Felipe II de Castela e o contrato da união deles exigia que caso não houvesse herdeiros em Portugal, o filho deles, Dom Carlos, assumiria o trono - isso era abominável para os portugueses. Nascido na manhã de 20 de janeiro de 1554, cresceu recebendo educação jesuíta e sonhando com batalhas pela expansão da fé em novas Cruzadas contra os mouros do norte da África. Aos 24 anos, seu sonho deu lugar a trágica derrota no Magrebe e a origem do mito. Era o fim da Dinastia dos Avis e inicio da Dinastia Filipina, cujo Rei governava Espanha e Portugal.
O Mito do Sebastianismo
Sua derrota para os islâmicos retratada cerca de meio século depois pelo ilustrador Miguel Leitão de Andrade (imagem acima) foi terrível para o Reino de Portugal. A busca pelos sobreviventes agravou ainda mais a crise financeira e o sumiço do rei tornou-se um mito. Sempre que a nação atravessa momentos sombrios espera-se que o Rei Sebastião regresse como um patriota destemido.
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