Ele foi o contraponto do historiador Francisco Varnhagen tanto na abordagem das fontes quanto na metodologia de pesquisa. Capistrano de Abreu nasceu em um dia como hoje, de 1853, em Maranguape, no Ceará. Dedicou-se ao estudo da história colonial brasileira, elaborando uma teoria da literatura nacional, tendo por base os conceitos de clima, terra e raça, que reproduzia os clichês típicos do colonialismo europeu acerca dos trópicos, invertendo, todavia, o mito pré-romântico do "bom selvagem".
Autodidata e poliglota, o pesquisador cearense criticava Varnhagen por omitir fontes e por excluir a contribuição de negros e indígenas na formação do povo brasileiro. Após passar no concurso da Biblioteca Nacional como bibliotecário, mudou-se para o Rio de Janeiro.
Segundo Francisco Iglesias, autor do livro Historiadores do Brasil, "..na Biblioteca Nacional, Capistrano passa a lidar com livros raros, a ler o que só aí se encontra, a lidar com documentos, aprendendo a lê-los e a interpretá-los convenientemente. Sem essa experiência, ele jamais teria realizado o que realizou”. Morreu no Rio de Janeiro, aos 74 anos.
"As obras do amor são as únicas que pagam o sacrifício" Capistrano de Abreu.
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