domingo, 15 de novembro de 2015

Proclamação da República do Brasil

Com o fim do Império, o Marechal Deodoro da Fonseca foi o primeiro Presidente do Brasil.
 
       Os militares golpistas sabiam da necessidade do apoio do Marechal Deodoro da Fonseca para o sucesso do movimento. Após a morte dos principais líderes militares do século XIX, Deodoro se torna um dos oficiais mais estimados de todo o Exército. A adesão da corporação dependia necessariamente de seu apoio ao movimento republicano.
       Foi por isso que o militar e Estadista Benjamin Constant lhe fez uma visita em 10 de novembro. O professor foi informar ao velho e enfermo general como havia sido a sessão do dia anterior no Clube Militar.
       Consta que Benjamin falou sobre a necessidade de o Exército e ele, Deodoro, na condição de principal líder da corporação, conduzirem a revolução republicana.
       Deodoro teria interpelado: “E ele, o velho? Como fica?” Benjamin teria dito que o imperador seria tratado com dignidade e seria garantida a integridade física de toda a família real (Gazeta de Notícias, 17 de setembro de 1890). Benjamin pediu a Deodoro que refletisse bem e utilizasse a astúcia de “velho soldado” para tomar a decisão mais adequada.
       O líder positivista afirmava que a República não poderia mais ser adiada e era importante “fazê-la de forma serena para evitar derramamento de sangue”.
Segundo José Bevilacqua, Benjamin se retirou do quarto e foi “papear” com a mulher de Deodoro na cozinha. Ao retornar, teria encontrado o marechal “em posição taciturna e meditativa”.
       Após muito pensar, Deodoro teria dito: “Benjamin, já que não há outro remédio, leve a breca a Monarquia; nada há mais que esperar dela, venha a República” (apud Castro, 1995, p. 184). No dia seguinte, Benjamin Constant e Sebastião Bandeira organizaram um encontro de Deodoro com líderes civis do Partido Republicano, como Quintino Bocaiúva, Aristides Lobo, Rui Barbosa e Francisco Glicério.
       O marechal Deodoro da Fonseca, mantinha boas relações com o regime monárquico e com o próprio imperador Pedro II.
       Envolveu-se com os republicanos em meio à crescente insatisfação que, desde a Guerra do Paraguai, se espalhava entre os militares.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário