domingo, 13 de dezembro de 2015

O Fiel escudeiro do Império

Almirante Tamandaré em foto de 1873.

        Nascia em 13 de dezembro de 1807 o homem que construiria talvez a carreira militar mais bem-sucedida da Armada Imperial Brasileira: o gaúcho Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré. Em quase 90 anos de vida, serviu o Império por 44 anos. Otimista e obstinado, teve presença marcante em históricos conflitos como a Independência do Brasil (onde ele lutou na Bahia), a Confederação do Equador e a Revolução Praieira (ambas em Pernambuco), e em praticamente todas as revoltas mais impactantes do Período Regencial (1831-40): Sabinada, Cabanagem, Balaiada e Farroupilha
        O dia de seu nascimento (13/12) é lembrado como o Dia do Marinheiro. Afastou-se da função de Almirante em 1866 por razões de saúde. Permaneceu leal á Família Real e ao Imperador Dom Pedro II até o dia de seu embarque para o exílio com o fim da Monarquia.      


Derradeiro Triunfo


Pintura da Batalha do Riachuelo. 

        Sua última façanha militar foi, sem dúvida, o comando das forças navais no inicio da Guerra do Paraguai (1865/66), onde teve a argúcia de organizar o apoio logístico e designar o Almirante Barroso para controlar o rio Paraná e tomar a região de Corrientes (Argentina). Estratégia crucial para o curso daquela guerra, pois com a vitória de seu comandado na fatídica Batalha Naval do Riachuelo, a Tríplice Aliança (Brasil-Argentina-Uruguai) passou a ter vantagem tática no conflito. Se vencessem a batalha do Riachuelo, os paraguaios poderiam navegar livremente pelo rio Paraguai, descer o rio Paraná, conquistar Montevidéu no Uruguai e, de lá, ocupar a então Província do Rio Grande do Sul. Formar-se-ia assim o Grande Paraguai, que se abriria ao comércio atlântico com as demais nações.       

Vídeo complementar:

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