Em 1891 a Internacional Socialista de Bruxelas proclamou o 1 de Maio como Dia Internacional de reivindicação de condições trabalhistas. O estopim para essa definição aconteceu meses antes, quando uma manifestação de trabalhadores no norte da França, perto da fronteira com a Bélgica, foi reprimida com violência pela Polícia. Dez manifestantes foram mortos.
Foram necessários mais 28 anos para que o senado francês decidisse fixar 8 horas diárias de trabalho e o 1 de Maio como feriado. Logo depois, em 1920, a Rússia fez o mesmo, seguida de diversas nações.
No Brasil, muitos imigrantes europeus que chegaram no final do século XIX e inicio do XX trouxeram ideias sindicalistas e leis trabalhistas. Após a greve geral operária de 1917, a classe se consolidou e o feriado de 1 de Maio foi implantado em 1925 sob o aval do então Presidente Artur Bernardes - que chegou ao poder representando Minas Gerais*. Porém, com o passar do tempo, o espirito de protestos e reivindicações deste dia foi se diluindo, principalmente durante a Era Vargas, que com a sua maciça propaganda trabalhista, transformou o feriado em motivo de celebração para o trabalhador.
* Na República velha (1894 - 1930), as oligarquias e elites agrárias de São Paulo e Minas Gerais se articulavam para eleger seus representantes na presidência controlando as eleições através de práticas como o coronelismo e o voto de cabresto. A expressão "politica do café com leite" era por São Paulo ser o maior produtor de café e Minas Gerais o maior produtor de leite.
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