O Sultão Maomé II entrando em Constantinopla. Pintura de Fausto Zonaro (1854-1929) |
Em uma terça-feira, 29 de Maio de 1453, o poderoso Império
Bizantino caía diante da vigorosa ofensiva do sultão Maomé II, que comandando o
Império Otomano, tomou Constantinopla depois de um cerco de quase dois meses.
Foi o último suspiro do Império Romano do Oriente (Bizantino), que se manteve
por 977 anos após o fim do Império Romano do ocidente. A queda de
Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, é um evento histórico por
convenção, pois marcou o fim da Idade Média na Europa.
A intenção do sultão
Maomé II era estratégica. Aos 49 anos, ele passara a governar uma das porções
de terras mais desejadas do mundo. Constantinopla, atual Istanbul na Turquia,
era um entreposto que conectava a Europa á Ásia, por onde passava quase toda a
logística envolvendo o comércio, seja por caravanas ou pelo mar. O Império
Otomano se manteve dominante por quase meio milênio, quando em 1923 a Turquia
se tornou uma República.
O ataque decisivo!
Era madrugada quando Maomé II ordenou que os mercenários e
prisioneiros do seu exército atacassem com força total as muralhas de
Constantinopla. Após duas horas, contando com cerca de 80 mil soldados e 126
navios, conseguiram abrir um buraco nas muralhas com tiros de canhão e invadir
a cidade. Maomé II entrou á tarde na cidade sendo agraciado pelos súditos
turcos e ordenou que a Catedral se tornasse uma Mesquita. O impacto no ocidente foi rápido. Nenhum
cristão poderia atravessar as rotas de comércio para a Índia e a China, de onde
provinham as valiosas especiarias.
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